Do grande teatro da vida

É assim! 

Num dia estamos, noutro, não mais.

Naqueles em que estamos, tudo parece então, eterno. Pra sempre. Até que um detalhe, uma volta, uma curva, um retorno pra casa, pode se tornar numa viagem que não se termina. Fica! E ficamos!

Ficamos nas lembranças daqueles que não vão na mesma viagem, daqueles que cruzaram nosso caminho, que fizeram parte da paisagem da nossa história. Ficamos no coração daqueles que amamos ou tentamos amar. Ficamos! E aqueles que também ficam... continuam! Devem continuar a interpretar seus personagens na "tragédia da vida".

Devem continuar porque para os que ficam a cortina continua aberta, o cenário continua montado, a plateia continua assistindo e a marca daquele para quem a cortina desceu, continua ali. Outros personagens virão mas a história contada por aquele que já não está mais é história de vida e não, nunca será substituída.

Porque a vida, ela, continua de um lado e do outro da cortina. 

E ao que deixou o palco... num última relance, escuta uma última fala:

- Até logo, meu caro!